Porque o que
faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço,
mas o que aborreço isso faço. (Rm
7.15)
Quando
lemos esta afirmativa acima, podemos traçar um paralelo com nossas vidas e a
partir daí, tirarmos algumas lições, como também, questionarmos nossa
compreensão do real sentido de Paulo ao nos expor esta contradição, que
permeia nossas vidas em nosso caminhar diário e assim como o foi com o Apóstolo
Paulo, tem sido nosso dilema e tirado a nossa paz.
Sabemos
quais são os propósitos do Senhor para as nossas vidas, entendemos que a não
observação de seus mandamentos atrasará o cumprimento de suas maravilhosas
promessas. Temos convicção que o fazer o bem e o que é certo está completamente
de acordo com a Palavra de Cristo, aprendemos também que nossos olhos,
pensamentos, ações, atitudes, palavras dizem muito quem somos; então por quê? Sabedores, que somos de todas estas verdades,
insistimos em fazer exatamente o contrário?
O
motivo deste dilema está no fato de que, se ainda somos dominados por
pensamentos abomináveis, e uma sensação de que não temos o controle sobre atos
pecaminosos, a carne ainda é quem dita às regras em nosso ser.
Precisamos urgentemente nos “Converter ao Evangelho”. Se o Senhor Jesus
não é o Senhor de todo o nosso ser Ele não é o Senhor de nada.
Assim
também, considerai-vos, como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em
Cristo Jesus. (Rm
6.11)
Muitos
Cristãos vivem um grande dilema (frustração). Quando estão sóbrios, desfrutam
da presença de Deus na vida e sabem que não devem praticar certos atos. Na
verdade, quando os praticam, sentem-se as pessoas mais miseráveis de toda Terra.
Com o coração cheio de tristeza, arrependem-se verdadeiramente, prometendo ao
Senhor que jamais voltarão a cometer o erro, no entanto, quando a tentação
chega, com seus desejos e clamores, simplesmente, não conseguem resistir e caem
novamente. O que há de errado com essas pessoas?
No
versículo citado acima, Paulo faz uma confissão espantosa. Ele, o grande
apóstolo, demonstrou pelo que escreveu, ter vivenciado o mesmo drama que muitas
pessoas têm experimento. Entendemos que esse é um problema comum a todos os
filhos de Deus por estarmos ainda na carne. Alguns um pouco mais, outros um
pouco menos, mas de modo geral, todos, temos de lutar contra nossa natureza
humana. O capítulo sete de Romanos nos ajuda a entender melhor esse
assunto.
Frustração
é o estado que fico quando não tenho o que gostaria, quando me deparo com um
obstáculo, externo ou interno, que me priva de satisfazer um desejo acalentado.
Frustro-me quando mergulho na ilusão, enganando-me com a expectativa,
defraudando meus próprios castelos de areia.
Não
gosto da frustração, pois ela me remete às falhas que nego ou tento esconder.
Engasgo com o desgosto, ao ver que as coisas não saíram como eu pretendia, e o
resultado é algo aquém dos meus sonhos, quase sempre infantis. Lidar com a
frustração é encarar uma guerra, de quem pretende ser onipotente, mas perde.
Perder é amargar uma derrota do orgulho, é ferida narcísica, é manha de ser um
ser mimado que não quer deixar esse lugar.
Nunca
o lançarei fora - Muitas pessoas, por não terem um conhecimento mais profundo
da Palavra de Deus, caem, quando passam por situações semelhantes. Algumas se
voltam para Deus e, com o coração amargurado e contrito pedem-lhe perdão, e
certamente o obtém. Tais pessoas conseguem superar o problema, voltando à
comunhão com o Senhor. Outras, porém, mesmo tendo o testemunho interior do
Espírito Santo a respeito de seus erros, sentem remorso, mas não se arrependem.
Tais pessoas agem como Judas Iscariotes, que também tinha consciência do seu
erro, mas não se arrependeu afastando-se de Deus a ponto de suicidar.
O
verdadeiro Evangelho do Reino dos céus tem de ser pregado com toda a
profundidade de sua pureza. É preciso diferencia-lo da Lei. Não se pode passar
por cima de declarações tão esclarecedoras que partiram dos lábios do Senhor
Jesus: Tudo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma
o lançarei fora (Jo 6.37).
Cristo
disse que, de modo algum, Ele lançará fora quem O tenha procurado, podemos
alegrar-nos e gritar a plenos pulmões, como fez o apóstolo Paulo, dizendo: Quem
nos separará do amor de Cristo? A Tribulação, ou a angústia, ou a perseguição,
ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Porque estou certo de que nem
a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem potestades, nem o
presente, nem o provir, nem a altura, nem alguma outra criatura nos poderá
separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor! (Rm. 8.35,38,39).
Todo
aquele que, um dia, ouviu a voz de Deus e aceitou ao Senhor Jesus Cristo como
Salvador e Senhor, pode e deve afirmar diante de qualquer insinuação do
inimigo, que é impossível ser separado do amor de Deus que está em Cristo
Jesus.
O
diabo não pode nem conseguirá. A falta de conhecimento das revelações feitas
pelo Senhor Jesus permite ao maligno enganar muitos filhos de Deus. Há alguns,
genuinamente salvos, que vivem derrotados, considerando-se caso perdido por não
saberem que tudo isso que sentem é pura invencionice do inferno, é mentira e
não passa de um pesadelo espiritual.
A
pessoa que erra realmente fica em posição espiritual desfavorável, podendo ser
atacada por Satanás com todo o tipo de sofrimento, desde uma dor moral até um
mal físico, financeiro, familiar, etc. Entretanto, essa pessoa jamais poderá
ser arrancada das mãos do Senhor Jesus. Ele garante: As minhas ovelhas ouvem a
minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou lhes a vida e nunca hão de
perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos (Jo 10.27,28). Todos os que,
um dia, ouviram a voz do Senhor e O seguiram estão incluídos nessa declaração.
Verdadeiramente, este é o motivo de grande alegria, pois nem mesmo o próprio
diabo conseguirá arrancá-los de Deus.
Possivelmente,
alguns ainda poderiam ficar indecisos quanto à questão de haver alguma
possibilidade de serem arrancados das mãos do Senhor, por isso, Cristo foi mais
claro, ao afirmar: Meu pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode
arrebatá-las das mãos de meu Pai (Jo 10.29).O que você diz?
A
sinceridade de Paulo - O apóstolo não demonstrou fraqueza ao fazer-se
transparente, revelando a luta interior que tratava a respeito do pecado. Paulo
demonstrou que isso é comum a todo ser humano, mas há um escape: Se dissermos
que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos e não há verdade em nós. Se
confessarmos os nossos pecados Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e
nos purificar de toda injustiça (I Jo 1.8-9).
Lembre-se,
o pecado nunca morre; nós é que devemos estar “Mortos para ele”.
Por: J.B