sexta-feira, 9 de maio de 2025

Voltemos ao Primeiro Amor: A Paixão da Igreja Primitiva

Introdução

Hoje, somos chamados a uma profunda reflexão sobre a nossa jornada cristã. Uma pergunta ecoa em nossos corações: será que estamos vivendo o Evangelho com a mesma intensidade e paixão da Igreja Primitiva? Aquele fervor, aquela entrega total, aquele amor incondicional a Deus e ao próximo ainda arde em nós?

Quando nos lembramos da nossa conversão, os primeiros passos em nossa jornada cristã, o que primeiro nos vem a memória? O desejo de conhecer, de aprender mais da bíblia, dos cultos, dos irmãos, do amor fraternal, dos louvores... São muitos os momentos, pessoas e situações a serem rememoradas e que nos trazem boas lembranças de um tempo que não volta mais. Não podemos voltar ao passado, não podemos reviver o que passou, assim como águas passadas não movem moinhos é nossa vida.

Mas nós podemos e devemos aprender com as experiências vividas, aprendidas e também conhecidas e neste sentido, vamos meditar um pouco sobre o “primeiro amor”.

A Igreja Primitiva: Um Modelo de Paixão e Propósito

A Igreja Primitiva nasceu no dia de Pentecostes, marcada pelo derramamento do Espírito Santo e pelo batismo de cerca de três mil pessoas (Atos 2:41). Imagine aquela cena: línguas de fogo descendo sobre cada um, o poder do Espírito Santo transformando vidas em um instante, pessoas sendo batizadas e se entregando a Cristo de forma radical.

Essa igreja, meus irmãos, era caracterizada por:

  • Simplicidade: Não havia templos suntuosos, mas lares onde se reuniam (Atos 2:46). A centralidade era Cristo, não a estrutura.

  • Comunhão: Os cristãos primitivos compartilhavam tudo o que tinham, cuidando uns dos outros (Atos 2:44-45). A vida em comunidade era a expressão do amor de Deus entre eles.

  • Ensino Apostólico: A Palavra de Deus era a base da fé e da vida da igreja (Atos 2:42). Os ensinamentos dos apóstolos moldavam o caráter e a conduta dos discípulos.

  • Oração Constante: A oração era o combustível que movia a igreja (Atos 2:42). Em todos os momentos, buscavam a Deus em oração.

  • Poder e Sinais: Deus confirmava a pregação do evangelho com sinais e maravilhas (Atos 3:6-8). O poder do Espírito Santo se manifestava no meio da igreja.

  • Propagação do Evangelho sob Perseguição: A igreja crescia mesmo diante da perseguição (Atos 4:18-20). O amor a Cristo era maior do que o medo da morte.

  • Fé e Entrega: A Igreja Primitiva nos deixou exemplos poderosos de fé e entrega, como Pedro e João curando o paralítico (Atos 3:1-10), o martírio de Estêvão (Atos 7:54-60) e a conversão de Saulo (Paulo) (Atos 9:1-20).

Voltemos ao Primeiro Amor

Irmãos, a Igreja Primitiva nos inspira a viver um cristianismo autêntico, apaixonado e transformador. Mas, e nós? Onde está o nosso primeiro amor? Aquele amor que nos fez entregar tudo a Cristo, que nos impulsionou a buscar a Deus em oração e a compartilhar o Evangelho com ousadia?

A Palavra nos lembra em Apocalipse 2:4-5: "Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras."

Que possamos fazer essa oração do fundo do nosso coração. Que possamos nos arrepender de toda frieza, de toda mornidão, de todo afastamento do nosso primeiro amor. Que o Espírito Santo nos conduza de volta àquele fervor inicial, àquela paixão por Cristo, àquela entrega total a Ele.

Desafios e Chamado

A Igreja Primitiva enfrentou muitos desafios, mas permaneceu fiel a Cristo. Eles nos ensinam lições valiosas para a igreja de hoje:

  • Permanecer fiel às Escrituras: A Palavra de Deus é a nossa bússola (2 Timóteo 3:16-17).

  • Fortalecer os relacionamentos: Amar e cuidar uns dos outros é essencial (João 13:34-35).

  • Buscar o poder de Deus para testemunhar: O Espírito Santo nos capacita a anunciar o Evangelho (Atos 1:8).

  • Viver com propósito evangelístico: Compartilhar o amor de Cristo é a nossa missão (Mateus 28:19-20).

  • Estar preparado para enfrentar dificuldades: A perseguição faz parte da caminhada cristã (2 Timóteo 3:12).

  • Centralidade da Palavra: A Palavra era o centro da vida da Igreja Primitiva, e deve ser o nosso também (Atos 2:42-47).

  • Relacionamentos Saudáveis: A Igreja Primitiva valorizava muito os relacionamentos e a comunhão (Atos 2:40).

  • Dependência do Espírito Santo: Eles dependiam totalmente do Espírito Santo para poder e direção (Atos 1:8).

  • Perseverança: A Igreja Primitiva perseverou em meio a perseguições e dificuldades (Hebreus 10:36).

Conclusão

Amados, a Igreja Primitiva nos desafia a viver com paixão e propósito. Que possamos nos inspirar em seu exemplo e buscar um retorno ao primeiro amor. Que o Espírito Santo nos capacite a vivermos como aquela igreja: simples, unidos, apaixonados pela Palavra, cheios do poder de Deus e comprometidos com a missão de fazer discípulos.

Que Deus em Cristo nos abençoe e nos conduza a um avivamento em nossos corações e em nossas igrejas! Amém!!!

J.B