Escrevo-lhes
esta mensagem, pois me sinto um pouco triste quando me deparo com a atual
situação da Igreja, pois, quanto mais nos aprofundamos no estudo da Palavra de
Deus, no conhecimento da verdade que salva, cura e liberta, percebemos que não
estamos vivendo de acordo com o “Plano” e vontade de Deus para nossas vidas.
Vivemos hoje enquanto Cristãos como se
estivéssemos no “limbo”, pois sabemos o que está por vir “Quando, pois, virdes
que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar
santo; quem lê, atenda, Mateus 24:15”, mas agimos como se nada soubéssemos.
Levamos nossas vidas cada um à sua maneira; o individualismo e o materialismo
imperam em nós, não há mais comunhão, o amor já não mais é praticado,
esfriou-se. Estamos no tempo da normalidade, tanto faz, não há nada de mais;
tempo do relativismo em que interpretamos a Bíblia conforme nossos ideais e
nossos interesses “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos
esfriará, Mateus 24:12”.
O amor que lemos e pregamos amor
fraternal que foi um dos pilares na fundação da Igreja Primitiva, hoje já não o
é, trocamos o amor ao próximo pelo amor ao dinheiro, criamos nossos próprios
meios de chegar a Deus. Não mais dividimos, apenas somamos, não mais choramos
com os que choram, pois o lema é “cada um por si e Deus por todos” e nessa saga
frenética e solitária da busca de auto-desenvolvimento e realização, estamos
mais e mais distanciando da verdade ímpar “O temor de Deus é o princípio da
Sabedoria, Salmos 111:10a”.
Vamos à Igreja, mas, não mais no
intuito de engrandecer, adorar e louvar ao nosso Deus como outrora, os valores já
não são mais os mesmos, hoje é apenas “prosperidade, prosperidade,
prosperidade”. Somos vistos e medidos por aquilo que temos ou possuímos e não
por nossa essência, como Deus nos fez. Estamos vivendo dias difíceis na Igreja
de Cristo, dias de esfriamento Espiritual, onde não mais vemos milagres,
profecias e línguas estranhas. Parece que a oração já não move a mão de Deus,
parece que Deus está muito distante de nós e não percebemos que nós é que
estamos distantes dEle.
Tem uma frase que ouço desde minha
infância que diz: “quanto mais oração, mais nos chegamos a Deus”, por conseqüência
“quanto menos oração, mais distantes”. Às vezes parece não fazer sentido, mas
hoje percebo e entendo o porquê e a importância de se estar a cada minuto
ligado em Deus. Quanto mais nos chegamos a Ele, mais lutas, problemas, aflições
e dificuldades, mas, Ele está ao nosso lado nos guardando, guiando e livrando
de todo o mal “O Senhor é meu pastor e nada me faltará, Salmos 23:1”, “Muitas
são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas, Salmos 34:19”.
Será que um dia poderemos dizer como
Paulo “Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé, 2Timóteo 4:7”?
Será que poderemos nos apresentar a Deus como as virgens prudentes, que
guardaram azeite na reserva e estavam prontas a receber o noivo ? Ou seremos
considerados como as virgens loucas que mesmo sabendo da chegada do noivo, nada
fizeram para recebê-lo, “Mateus 25:1-13”.
Queridos (a) lembremos que o nosso
Deus está sempre de braços abertos a nos receber e perdoar, assim como nos
ilustra a parábola do filho pródigo “Lucas 15:11-38”. Que possamos despertar e
estar sensíveis à voz do Espírito Santo e que Ele possa nos incomodar a sermos mais
fiéis à sua palavra, não apenas ouvintes, mas praticantes, pois, a cada passo
de nossas vidas é um degrau que subimos em direção aos Céus.
Termino esta, com uma frase que muito toca
o meu coração, nos momentos quando nem mesmo palavras podem expressar o que
sentimos. "Numa oração, mais vale um coração sem palavras que palavras em
coração".
JB
Nenhum comentário:
Postar um comentário