quinta-feira, 13 de outubro de 2011

De graça recebestes, de graça também dai...


Escrevo-lhes esta mensagem, pois me sinto um pouco triste quando me deparo com a atual situação da Igreja, pois, quanto mais nos aprofundamos no estudo da Palavra de Deus, no conhecimento da verdade que salva, cura e liberta, percebemos que não estamos vivendo de acordo com o “Plano” e vontade de Deus para nossas vidas.

Vivemos hoje enquanto Cristãos como se estivéssemos no “limbo”, pois sabemos o que está por vir “Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda, Mateus 24:15”, mas agimos como se nada soubéssemos. Levamos nossas vidas cada um à sua maneira; o individualismo e o materialismo imperam em nós, não há mais comunhão, o amor já não mais é praticado, esfriou-se. Estamos no tempo da normalidade, tanto faz, não há nada de mais; tempo do relativismo em que interpretamos a Bíblia conforme nossos ideais e nossos interesses “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará, Mateus 24:12”.

O amor que lemos e pregamos amor fraternal que foi um dos pilares na fundação da Igreja Primitiva, hoje já não o é, trocamos o amor ao próximo pelo amor ao dinheiro, criamos nossos próprios meios de chegar a Deus. Não mais dividimos, apenas somamos, não mais choramos com os que choram, pois o lema é “cada um por si e Deus por todos” e nessa saga frenética e solitária da busca de auto-desenvolvimento e realização, estamos mais e mais distanciando da verdade ímpar “O temor de Deus é o princípio da Sabedoria, Salmos 111:10a”.

Vamos à Igreja, mas, não mais no intuito de engrandecer, adorar e louvar ao nosso Deus como outrora, os valores já não são mais os mesmos, hoje é apenas “prosperidade, prosperidade, prosperidade”. Somos vistos e medidos por aquilo que temos ou possuímos e não por nossa essência, como Deus nos fez. Estamos vivendo dias difíceis na Igreja de Cristo, dias de esfriamento Espiritual, onde não mais vemos milagres, profecias e línguas estranhas. Parece que a oração já não move a mão de Deus, parece que Deus está muito distante de nós e não percebemos que nós é que estamos distantes dEle. 

Tem uma frase que ouço desde minha infância que diz: “quanto mais oração, mais nos chegamos a Deus”, por conseqüência “quanto menos oração, mais distantes”. Às vezes parece não fazer sentido, mas hoje percebo e entendo o porquê e a importância de se estar a cada minuto ligado em Deus. Quanto mais nos chegamos a Ele, mais lutas, problemas, aflições e dificuldades, mas, Ele está ao nosso lado nos guardando, guiando e livrando de todo o mal “O Senhor é meu pastor e nada me faltará, Salmos 23:1”, “Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas, Salmos 34:19”.

Será que um dia poderemos dizer como Paulo “Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé, 2Timóteo 4:7”? Será que poderemos nos apresentar a Deus como as virgens prudentes, que guardaram azeite na reserva e estavam prontas a receber o noivo ? Ou seremos considerados como as virgens loucas que mesmo sabendo da chegada do noivo, nada fizeram para recebê-lo, “Mateus 25:1-13”.

Queridos (a) lembremos que o nosso Deus está sempre de braços abertos a nos receber e perdoar, assim como nos ilustra a parábola do filho pródigo “Lucas 15:11-38”. Que possamos despertar e estar sensíveis à voz do Espírito Santo e que Ele possa nos incomodar a sermos mais fiéis à sua palavra, não apenas ouvintes, mas praticantes, pois, a cada passo de nossas vidas é um degrau que subimos em direção aos Céus.

Termino esta, com uma frase que muito toca o meu coração, nos momentos quando nem mesmo palavras podem expressar o que sentimos. "Numa oração, mais vale um coração sem palavras que palavras em coração".
JB

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