A fé, essa palavra de apenas duas letras, é muito mais do que um termo simples. Ela é a base da nossa jornada cristã, resumindo nossa crença, confissão e caminhada. O autor de Hebreus define-a com clareza: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem” (Hebreus 11:1). Ele continua, dizendo que “sem fé é impossível agradar a Deus; pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam” (Hebreus 11:6).
Para nós, seres finitos e limitados pelo tempo e espaço, essa ideia de crer sem ver pode parecer contraditória. O apóstolo Tomé expressou bem essa dificuldade ao dizer: “Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o meu dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei” (João 20:25). Ele, assim como nós, precisava de uma prova tangível.
No entanto, a vida nos coloca constantemente em situações que testam nossa fé. Vivemos em um mundo onde os valores se inverteram, onde o certo e o errado parecem relativos e a crença se torna apenas um "dito popular". Nesse contexto, Deus pode parecer um mito, e nos tornamos “senhores de nós mesmos”, confiando apenas em nossa própria força.
É nesse cenário de adversidades que somos desafiados a perseverar, como nos ensina a Palavra de Deus em Mateus 24:13: “Aquele que perseverar firme até o fim será salvo”. Manter-se firme é um desafio diário, pois somos tentados a todo momento, cercados por lutas e problemas que tentam roubar nossa paz e nos afastar de nosso centro: Cristo.
A Sabedoria dos Sábios: Fé e Esperança como Respostas
Ao longo da história, grandes teólogos e pensadores cristãos refletiram sobre como manter a fé e a esperança mesmo quando estamos feridos, perseguidos e abalados. A resposta deles, apesar de formulada em épocas e contextos diferentes, converge para um ponto central:
Agostinho nos lembra que a única fonte de verdadeira plenitude e felicidade é o próprio Deus.
Lutero definiu a fé como um dom divino que justifica o pecador e a esperança como o resultado dessa fé, uma expectativa ativa de um futuro melhor com Deus.
Policarpo ensinou que a fé é a confiança firme nas promessas de Deus, e a esperança é a expectativa desse cumprimento, que nos impulsiona a perseverar.
Calvino descreveu a fé como uma confiança inabalável em Deus que nos une a Cristo, enquanto a esperança é a antecipação confiante da glória futura, fortalecendo nossa fé.
Armínio viu a fé como uma resposta pessoal ao chamado de Deus, com a esperança de salvação ligada à perseverança nessa fé.
O Apóstolo Paulo resumiu a interdependência dessas virtudes, afirmando que a fé é a confiança em Deus e a esperança é a certeza do cumprimento de Suas promessas, mesmo na tribulação.
Todos esses homens apontam para a mesma verdade: a fé é essencial para a nossa salvação, e a esperança é a certeza de uma nova vida, livre de dores e sofrimentos.
O Caminho para Vencer: Jesus é Nossa Esperança
Jesus nos alertou: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16:33). Ele não prometeu uma vida sem dificuldades, mas nos deu a certeza de que, com Ele e nEle, podemos vencer. As aflições são uma realidade inevitável, mas a esperança e a coragem são frutos da nossa fé nAquele que já triunfou.
Para mantermos a fé e a esperança em Deus, precisamos de atitudes diárias:
Orar e meditar na Palavra.
Ler e estudar a Bíblia regularmente.
Praticar a gratidão pelas bênçãos recebidas.
Confiar nos planos divinos, mesmo na incerteza.
Lembrar-nos da fidelidade de Deus nos momentos difíceis, buscando Nele a nossa força.
Que o Espírito Santo nos guie, nos dirija e esteja sempre presente em nossos corações, direcionando nossos passos. Amém!
J.B